Após compartilhar no domingo, a mensagem da Sandra,
deu vontade de falar um pouco (o que lembro) sobre ela.
Conheci a Sandra em 1985, quando comecei a trabalhar
na Pratec. Ela era secretária do Dr.Adyr e Dr.Marcelo. Seu nome: Sandra Regina
Afonso. Ela devia ter entre 25 e 30 anos. Era noiva (se não me engano o nome
dele era Sergio). Ela morava na Vila Pompéia. Um bairro que fica perto de onde
eu morava.
Ela trabalhava muito chique. Sempre de scarpin. E por
ver ela sempre assim, talvez por admiração, ou por achar que por ser uma
empresa de engenharia, ou por não ter personalidade própria, comecei a comprar
e usar scarpin. Acho que até então eu nunca tinha usado salto. Nem consigo imaginar como eu caminhava, porque ainda hoje não sou muito habilidosa com eles. Enfim, um
dia a Sandra me disse que eu não precisava usar salto (ela viu o dia que fui
fazer entrevista e não fui de salto), que eu devia me vestir como eu era
acostumada. Que não era norma da empresa usar salto. E assim, com ela eu
aprendi a ser (e me vestir) como quero. Tanto que hoje em dia não sigo moda.
Visto o que me deixa confortável. O que me agrada. Não o que agrada os outros.
Nem para parecer com as outras mulheres.
Outra coisa que aprendi com ela foi com relação a
almoçar em lanchonete/restaurante. Nos trabalhos anteriores à Pratec eu levava
marmita. Mas na Pratec não tinha lugar para almoçar, e como a gente recebia o
Ticket Restaurante, comecei a ir almoçar com a Sandra. A gente almoçava na
Lanchonete Padock que ficava em uma esquina em frente a rodoviária de Campinas.
Lembro que eu estava com vergonha das pessoas. Então ela me falou: _Olha para
aquela mesa. E para aquela outra. Eu olhei. Ela continuou: _Tem alguém olhando
para a gente? Ou para você? Eu falei que não. Todos estavam comendo, olhando
para o prato. Ela falou: _Tá vendo! Ninguém fica olhando para ver como o outro
come.
Um dia eu levei um puxão de orelha dela sobre o que
eu fazia com o meu pagamento. Eu dava ele todo para a minha mãe. A Sandra falou
que eu já tinha idade para administrar meu pagamento. Que eu devia dar uma
parte para a minha mãe e ficar com um pouco para mim. Não lembro se eu
falava que tinha que pedir dinheiro para a minha mãe. Não lembro se eu
reclamava. Só lembro dela me falar para dar uma parte e ficar com uma parte. E assim fiz. Minha mãe não deve ter gostado nadinha.rsrs
Eu lembro bem da fisionomia da Sandra. Consigo vê-la,
mas não sou boa em descrever coisas, imagine pessoas? Então melhor falar como
ela era interiormente. A Sandra era uma pessoa muito sensível, amorosa,
especial e algo mais...
Um dia ela falou que estava com vontade de comer “acho
que era um doce” e quando chegou em casa, a mãe dela tinha feito exatamente o
que ela estava com vontade. E não foi só uma vez que isso aconteceu não.
Ela contou que conheceu o noivo dela em sonhos. Por
duas (ou mais?) vezes. Ela via o rosto dele. Até o dia que eles realmente se
conheceram. Eu achava essa história incrível!
O que ela gostava? Sei que ela era muito fã do RPM,
tanto que foi em um show deles. Naquela época ir em shows não era tão comum
como hoje. E o RPM estava no auge da carreira então devia ser muito caro. Mas ela
foi!
Não sei muito sobre a Sandra, pois antigamente não
tinha whatsapp e celular igual hoje. Então você conhecia a pessoa no trabalho e
só. Fui algumas vezes na casa dela, mas não lembro em que ocasiões.
A Sandra não ficou muito tempo depois que eu entrei.
Por isso não tive tempo de conhecer ela melhor. E no fim, cada uma seguiu seu
caminho. Por onde ela anda eu não sei, o que sei é que sou muito grata, porque pelo
pouco tempo que convivemos, ela muito me ensinou.
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