sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Lenine "Em trânsito"

O cantor e compositor pernambucano apresenta seu 13º álbum, Em Trânsito, indicado ao Grammy como melhor disco de rock em português.

Em Trânsito é uma ode ao processo. Não à toa, subverte a ordem que se nos impuseram (disco de estúdio / show / disco ao vivo). Tudo do avesso porque é tudo processo. É livre de obrigações, desemoldurado. Lenine enxerga que O Dia em Que Faremos Contato (1997), Na Pressão (1999) e Falange Canibal (2002) constituem uma primeira trilogia, em que o conceito dos discos é uma amarração feita a posteriori, a partir do conjunto das canções que ele já compusera até então; já Labiata (2008), Chão e Carbono (2015) são uma segunda trilogia, em que novas canções foram criadas para álbuns cujos conceitos foram imaginados a priori. Em Trânsito seria o que, então, senão a fusão das duas coisas - justamente aquilo que não vem antes e nem depois?

O resultado é um repertório de canções que soam novas - sejam elas inéditas ou não. Que Baque É Esse? É o baque do maracatu de bombo fofo, rasgado pelo sax de Carlos Malta, ou é o baque da Intolerância, parceria nova com Ivan Santos que também é costurada por Malta? Seria o baque da desilusão dos nossos sonhos luminosos de nação, como previu com Carlos Rennó em Ecos do Ão, ou o baque da metrópole que nos atropela e nos expulsa, imaginado com Bráulio Tavares em Lá Vem a Cidade? Ninguém Faz Ideia. O baque talvez seja o próprio devir*, a transformação como certeza única. O que não Virou Areia ainda há de virar, seja o rei ou o pirata de Lá e Lô; seja o índio da estrela veloz e brilhante de Tubi Tupy ou a própria estrela, o sol mais distante observado com Arnaldo Antunes em O Céu É Muito.

Fonte: https://www.sescsp.org.br/programacao/s/bmPY

Eu conheço o Lenine só de nome e da música Paciência, a qual gosto muito. Mas eu gosto da voz dele, por isso quando soube que ele iria se apresentar no Sesc quis ir.
Como no último show que fomos, foi a maior dificuldade para entrar no estacionamento e para sair, ontem optamos ir de Uber. E voltamos de ônibus circular.
O show foi no Galpão que é bem grande. Tinha muita gente e de todas as idades. Eu não fiquei no meio porque estava calor. Fiquei na lateral direita do palco.
O show começou no horário. O Lenine canta muito, toca muito e fala pouco. Quase uma hora de show e ele tinha falado umas 10 palavras. Não conhecia nem uma das músicas, a maioria bem agitadas. Muito som de guitarra e bateria. Deu até para chacoalhar o esqueleto.rsrs
Como eu tinha lido a release do show (acima), e não vi a música Paciência achei que ele não ia cantar. Esperamos  até 21h30 e fomos embora.
Quando cheguei em casa vi que a Tamara postou vídeo do show. E ela falou que ele cantou Paciência. Que pena que eu fui embora antes. Se eu tivesse tido um pouco mais de paciência. Mas valeu por conhecer o Lenine. 

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