O cantor e compositor pernambucano apresenta seu 13º
álbum, Em Trânsito, indicado ao Grammy como melhor disco de rock em português.
Em Trânsito é uma ode ao processo. Não à toa,
subverte a ordem que se nos impuseram (disco de estúdio / show / disco ao vivo).
Tudo do avesso porque é tudo processo. É livre de obrigações, desemoldurado.
Lenine enxerga que O Dia em Que Faremos Contato (1997), Na Pressão (1999) e
Falange Canibal (2002) constituem uma primeira trilogia, em que o conceito dos
discos é uma amarração feita a posteriori, a partir do conjunto das canções que
ele já compusera até então; já Labiata (2008), Chão e Carbono (2015) são uma
segunda trilogia, em que novas canções foram criadas para álbuns cujos
conceitos foram imaginados a priori. Em Trânsito seria o que, então, senão a
fusão das duas coisas - justamente aquilo que não vem antes e nem depois?
O resultado é um repertório de canções que soam novas
- sejam elas inéditas ou não. Que Baque É Esse? É o baque do maracatu de bombo
fofo, rasgado pelo sax de Carlos Malta, ou é o baque da Intolerância, parceria
nova com Ivan Santos que também é costurada por Malta? Seria o baque da
desilusão dos nossos sonhos luminosos de nação, como previu com Carlos Rennó em
Ecos do Ão, ou o baque da metrópole que nos atropela e nos expulsa, imaginado
com Bráulio Tavares em Lá Vem a Cidade? Ninguém Faz Ideia. O baque talvez seja
o próprio devir*, a transformação como certeza única. O que não Virou Areia
ainda há de virar, seja o rei ou o pirata de Lá e Lô; seja o índio da estrela
veloz e brilhante de Tubi Tupy ou a própria estrela, o sol mais distante
observado com Arnaldo Antunes em O Céu É Muito.
Fonte: https://www.sescsp.org.br/programacao/s/bmPY
Eu conheço o Lenine só de nome e da música Paciência,
a qual gosto muito. Mas eu gosto da voz dele, por isso quando soube que
ele iria se apresentar no Sesc quis ir.
Como no último show que fomos, foi a maior
dificuldade para entrar no estacionamento e para sair, ontem optamos ir de Uber. E voltamos de ônibus circular.
O show foi no Galpão que é bem grande. Tinha muita
gente e de todas as idades. Eu não fiquei no meio porque estava calor. Fiquei na lateral direita do
palco.
O show começou no horário. O Lenine canta muito, toca muito e fala pouco. Quase uma hora de show e ele tinha falado umas 10 palavras. Não conhecia nem uma das músicas, a maioria bem agitadas. Muito som de guitarra e bateria. Deu até para chacoalhar o esqueleto.rsrs
Como eu tinha lido a release do show (acima), e não vi a música Paciência achei que ele não ia cantar. Esperamos até 21h30
e fomos embora.
Quando cheguei em casa vi que a Tamara postou vídeo
do show. E ela falou que ele cantou Paciência. Que pena que eu fui embora
antes. Se eu tivesse tido um pouco mais de paciência. Mas valeu por conhecer o Lenine.
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