Hoje a Drielly foi ao centro e disse que está uma
loucura. Lojas lotadas. Muita gente pela rua. Mas, era de se esperar, afinal
hoje é dia de pagamento da segunda parcela do 13º salário.
Começamos a comentar sobre o cuidado que devemos ter
com as bolsas. Ela disse que já tiraram dinheiro de dentro da bolsa dela e ela
nem percebeu. A Ana disse que já foi roubada também. Tudo nessa época. Não esse
ano, é claro. Pelo jeito, agora elas estão espertas. Inclusive a Ana disse que
já viu, quando estava na fila, as pessoas roubando coisas. Colocando embaixo da
blusa, e outros lugares. Mães pedindo aos filhos para esconderem objetos.
Foi então que me lembrei de um episódio que eu vivi
há muitos anos atrás. Com o Bruno. Ele devia ter no máximo uns três anos. Não
lembro...
Eu ia muito à cidade. Durante a semana. Aos Sábados
também. Não tinha preguiça de pegar um ônibus.rsrs
E toda vez que ia ao centro, de praxe passava nas Lojas Americanas. Naquela época, tinha logo na entrada alguns corredores com
balas de todos os tipos. A gente escolhia as balas e levava ao caixa. Agora não lembro se eles
vendiam por peso, ou unidade. Bom, isso não vem ao caso.
Um dia, eu saí da loja, segurando a mão do Bruno.
Caminhamos por uns 30 metros. Acho! Não tenho muita noção de distância.
Atualmente seria como caminhar até metade do percurso entre as Lojas Americanas
e a Renner.
Pois bem... Estávamos ali quando o Bruno me mostrou a
sua outra mão. Ela estava cheia de balas. Conforme nós passamos pelo corredor
ele as pegou.
A hora que eu vi meu coração gelou. Olhei imediatamente
para trás, já imaginando o segurança vindo atrás da gente. Não vinha ninguém.
Fiquei parada por uns segundos sem saber o que fazer. Volto e devolvo as balas?
Será que eles acreditariam que foi o Bruno que pegou sem eu ver? Preferi
prosseguir. Achei que ia ficar pior se eu voltasse com as balas na mão.
Expliquei para o Bruno que, o que ele fez estava
errado. Que não era para pegar nada sem me falar. Ele deve ter entendido porque
nunca mais pegou. Se bem que eu sempre conferia as mãos dele antes de sair da
loja.
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