No último Sábado, 16 de Fevereiro o compromisso do dia, ou melhor, da noite seria comemorar o aniversário da Suzana na churrascaria Apaloosa”s. Eu não estava muito animada, não conheço as “atuais” amigas dela, as meninas da Mansur não se manifestaram, então provavelmente não iriam, também não gosto muito carne, ainda mais rodízio, pior ainda, à noite. Enfim, vários motivos para não ir, mas iria se não aparecesse nada melhor para fazer.
Enquanto eu descansava no sofá, o Zé ficou “navegando” na internet, viu que estava em cartaz no Teatro Amil (Shopping D.Pedro) a peça “A Vida em Rosa” e perguntou o que eu achava.
Fiquei interessada quando soube quem era a atriz, as poucas vezes que a vi na televisão, gostei. E assim, de comum acordo decidimos mudar a programação e fomos ao teatro.
A peça
'A Vida em Rosa', é uma comédia romântica sobre a busca pelo amor e felicidade. Assim é a texto de Adriana Falcão, com a atriz e comediante Fabiana Karla.
Fabiana dá vida à Rosa, uma professora de classe média, carente, com um cotidiano pacato e que sonha encontrar o grande amor. A dramaturgia aborda com profundidade e humor o medo da morte e as dificuldades do ser humano em lidar com ela. “A proposta é fazer pensar e rir de forma perspicaz”, afirma a diretora do espetáculo, Cláudia Borioni.
Fabiana divide o palco com Leandro da Matta, que interpreta um viajante sedutor e misterioso que Rosa conhece numa confeitaria e que a fará se apaixonar e mudar sua forma de ver a vida e a morte. O espectador participa da dinâmica criada pelos atores, que brincam com a platéia.
“No mundo caótico em que vivemos, as pessoas querem dar boas gargalhadas. A interação com o público é a marca dos meus espetáculos, que sempre têm cacos (falas de improviso). Eu aproveito para estar próxima do espectador, que é o meu verdadeiro termômetro em cena. Eu me divirto com essa entrega”, diz Fabiana.
Escrito pela roteirista de cinema e televisão Adriana Falcão ('A Grande Família', na Rede Globo, e os longas 'O Auto da Compadecida' e 'Se Eu Fosse Você'), o texto vai do humor rasgado ao chapliniano, com pitadas de sentimentos contraditórios. “Apesar de sempre ter evitado escrever para teatro, por achar que não tenho muita intimidade com essa linguagem, me rendi”, confessa Adriana.
A cenografia de Alex Corrêa reproduz a sala da casa de Rosa, com poucos, mas significativos elementos. Ao fundo, uma projeção retrata uma janela onde o desenho gráfico de uma árvore é iluminado ora pelo luar, ora por um relâmpago ou pelo sol. “Daniela Sanchez bolou o desenho de luz, de acordo com a suavidade ou intensidade das cenas”, informa a diretora.
O figurinista Bruno Perlatto seguiu a mesma linha da simplicidade para personificar o romantismo e a candura da personagem de Fabiana Karla, brincando com vários tons de rosa e usando tecidos leves e esvoaçantes; enquanto para o personagem misterioso de Leandro da Matta optou por um estilo mais clássico. A trilha sonora feita por Michel Bercovitch pontua a ação, com vinhetas cômicas, músicas românticas e sons que sugerem tensão ou mistério.
A atriz
Fabiana Karla, que recentemente encantou o público com a Olga, mulher de Tonico Bastos, em 'Gabriela', estrela o programa 'Zorra Total', da Rede Globo, há oito anos, encarnando tipos como Gislaine, Lucicreide e Dra. Lorca.
No cinema, trabalhou com os diretores João Falcão, no longa 'A Máquina'; Moacyr Góes, em 'Trair e Coçar é Só Começar'; e Selton Mello, em 'O Palhaço'. Atualmente, roda o filme 'Casa da Mãe Joana 2', com direção de Hugo Carvana. No teatro, entre outras produções, protagonizou a versão brasileira de 'Gorda', de Neil Labute. Em 'A Vida em Rosa', além de atuar, a atriz envereda pela primeira vez na produção. No ano que vem, Fabiana lança seu primeiro livro infantil: 'O Rapto do Galo', pela editora Rocco.
Preciso aprender a ler e pesquisar sobre os filmes ou peças que irei assistir, se bem que nem todos são claros. Apesar de que, sobre esta peça não teria tempo, mesmo que quisesse. Entendo que a maioria das pessoas não gostam, não querem saber o final ou mesmo sobre o assunto, preferem a surpresa. Eu não sou assim, gosto de estar preparada e dependendo, nem vou. Como já falei só de saber quem era a atriz me animei, achei que a peça valeria à pena. É que não gosto muito de assuntos melancólicos, dramáticos durante à noite, ainda mais aos finais de semana. Não que a peça fosse ruim, nada disso. Só imaginei que fosse rachar de rir, o que não aconteceu. Também, se tratando de morte, difícil achar alguma graça. Rosa consegue arrancar risos da platéia (e meu também) nas tentativas frustradas e algumas até absurdas, todas na intenção de driblar a morte. Como sempre, a interação com a platéia acrescenta e enriquece muito o espetáculo. Apesar de pensar assim, não gostaria nadinha de ser abordada, tanto que fico encolhidinha quando o ator começa a circular em busca de um “coitado(a”).rss
Enfim, uma peça que vale a pena pela reflexão e pelo elenco.
E como os atores sempre falam no final:
_Se gostou indique aos amigos!
_ Se não gostou guarde para si! Ou:
_Se não gostou indique para os inimigos!
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