Sei que muitas pessoas devem
achar que eu não tenho sentimentos. Porque não sou de chorar quando - e como - todos
esperam. Ou de ficar extasiada quando - e como todos esperam. Nem
eu entendo. Não sei se é do signo. Ou se é da cultura (sou descendente de japonês).
Às vezes acho que pode ser
influência do que eu falei quando era pequena. Eu assistia a série “Pássaros
Feridos”. Lembro que a mãe da Meg foi perdendo o marido, os filhos... E chegou
um momento que ela não chorava mais. Parecia que não se abalava. Na época eu
falei que queria ser como ela. Não me abalar pelas alegrias, nem tristezas.
Eu choro sim. Eu fico feliz sim. Mas
reajo do meu jeito! Sem muito alarde.
Esse meu desabafo é para falar
que ontem meu neto nasceu, e eu ainda não fui ao hospital para vê-lo. E por
quê? Porque eu sabia que a Deborah (minha nora) tinha ido ao hospital as 2
horas da madrugada, com contrações. O Henrique nasceu às 11h05min de cesariana.
A visita começaria às 13h. A Deborah ia
estar cansada e talvez com dor. - foi o que pensei. Se eu fosse ia ser logo às
13h e o Danilo e a mãe da Deborah estavam esperando para entrar – desde a
madrugada. Então achei melhor não ir. Se a visita fosse até mais tarde, com
certeza eu iria. Mas não. Ela terminava às 17h. Por me preocupar com a Deborah resolvi não ir. Nem pensei que o Danilo poderia estar carente, necessitando de um abraço da mãe. Quem me lembrou disso foi a Eliane. Pesou na consciência.
Muita gente deve falar. Que mãe desnaturada. Que avó desnaturada. Nem foi ficar com o filho. E conhecer o neto. Será que sou desnaturada?
Muita gente deve falar. Que mãe desnaturada. Que avó desnaturada. Nem foi ficar com o filho. E conhecer o neto. Será que sou desnaturada?
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