quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Marcelle

Para: Tatiane
ter 02/02/2016 08:37


Oi amiguinha. Como você está?
Então... Sonhei com a Má. No sonho eu consegui entrar no hospital e visitá-la. E uma vez lá, eu só pensava em avisar as meninas para irem. Sonho já viu, uma bagunça. Tinha um bebê, e a Má foi limpar ele. O cabelo dela já estava meio crescido, de um lado da cabeça. Do outro lado estava careca e com curativos.
Bom, estou te contando isso porque queria saber: Você nunca mais foi vê-la? Nós não podemos visita-la? Já sabe o resultado da biópsia? A gente não pode fazer mais nada (além de rezar) por ela?

***

A Tatiane trabalha com a Marcelle. No início a família falava para ela o que estava acontecendo. Depois a Thuany - filha da Marcelle foi adicionada no grupo das Mansuretes e assim, sempre que voltava da visita nos informava como a Marcelle estava.
Quando a Tati respondeu o e-mail acima, a Thuany tinha acabado de escrever no grupo que estava preocupada, pois, a Marcelle não estava tendo reação a nada. Falaram com ela, massagearam ela, e a Má não reagiu.
Na noite do dia seguinte, a trágica notícia. A Marcelle tinha tido um derrame cerebral. Tinha falecido!
O desespero tomou conta de todas nós. A Má era a mais animada do grupo. Muito querida por todas.
E para aumentar a agonia, ficamos sabendo que o aparelho seria desligado após a família autorizar. Segundo a Tati, isso foi feito às 13h. Assim que os aparelhos foram desligados, o coração da Má parou. 
Algumas de nós - acho que a maioria - ainda não acredita. E diante de uma tragédia dessa, nos perguntamos. Como pode acontecer isso? E tudo tão rápido. Ela estava no almoço/confraternização, na minha casa, no dia 28/11. Eu almocei com ela no dia 29/12. Ainda sinto o abraço forte e demorado que nós trocamos. Sim, um abraço tentando confortá-la, pois, eu já sabia que tinham descoberto um tumor e que no dia 08/01 ela internaria para tirar um pedaço para fazer a biópsia. 
Depois desse dia, os dias e noites se tornaram tensos para todas nós. Imagine para a família.
E infelizmente o desfecho foi trágico. Não esperávamos isso. Rezamos muito para que ela saísse dessa. E ela falou que não ia desistir. 
Agora ficou a saudade dos bons momentos que passamos juntas. Das risadas. Das palhaçadas da nossa gordinha.
Nas minhas lembranças ficará para sempre aquele abraço apertado, e a minha visita à ela (no sonho) no hospital. Eu queria muito visitá-la, estava esperando esse dia, que não chegou. Talvez eu quisesse me despedir dela. E consegui!

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