quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Gentil Demais


Recebi um livro chamado A arte de ser gentil, com o dispensável subtítulo A bondade como chave para o sucesso, que, a meu ver, descredibiliza um pouco o autor, o sueco Stefan Einhorn, já que ser gentil deveria ser uma atitude para facilitar as relações humanas, e não uma meta para o sucesso. Que sucesso, o quê. Agora tudo que a gente faz tem que visar o sucesso?

O texto da contracapa diz que uma pessoa gentil terá mais oportunidades de se tornar feliz, rica, bem-sucedida e realizada, e que o livro fornecerá soluções imediatas e de longo prazo para os interessados em se tornarem seres humanos melhores. Foi tudo que li até agora, a contracapa, e não vou adiante. Primeiro, porque tenho uma pilha de outros livros me aguardando, e em segundo lugar, porque já sou gentil. Nem sabia que sendo gentil eu poderia ficar rica, feliz, bem-sucedida e essa coisa toda. Sou gentil simplesmente porque acho mais fácil do que ser grosseira. Despende menos energia. E também porque não vejo graça em magoar as pessoas. Até aí, estou no padrão. O que ninguém nos ensina é que gentileza demais pode, por incrível que pareça, também ser um defeito, e dos graves.

Óbvio que não se deve ser rude com amigos, parentes, colegas de trabalho, vizinhos, comerciários, mas ser exageradamente gentil com todo mundo pode colocar a nossa vida em risco. Por exemplo: o que você faz se, ao chamar o elevador de um prédio estranho, à noite, a porta se abrir e lá dentro estiver um sósia do Curinga, com uma cicatriz perturbadora na face e vestindo um sobretudo enorme que poderia muito bem esconder duas pistolas, três granadas e um rifle? Você certamente teria uma vontade súbita de descer pela escada e sumiria de vista. Pois eu entraria no elevador toda faceira, daria boa noite e faria comentários sobre o clima, pois deus que me livre de ele achar que eu sou preconceituosa e que sua aparência me fez pensar que ele pudesse ser um esquartejador de mulheres. Por que ele não pode ser um pai de família como outro qualquer?

Se eu pego um táxi e o motorista demonstra não ter o menor senso de direção, arranha marchas, não usa o pisca-pisca e tira um fino dos outros carros, eu é que não vou mandá-lo de volta para a autoescola. Se ele correr a 200km/h, tampouco solto os cachorros, vá saber o dia horroroso que ele está descontando no acelerador, coitado. Neste caso eu simplesmente "me lembro" de que o endereço onde pretendo ir fica na próxima esquina, e não três bairros adiante, e saio pedindo desculpas pelo meu equívoco.

Se um garçom se aproximar perigosamente de mim com uma panela cheia de óleo fervente, eu não dou um pio, imagina se vou pedir para ele se afastar. Ele vai me considerar uma elitista estúpida – não basta ter pedido um fondue caríssimo, ainda vou ser grossa? Nada disso, uma queimadura no braço não mata ninguém. E se eu estou caminhando por uma rua escura e, na direção contrária, vem um adolescente com um gorro enterrado até o nariz e as duas mãos enfiadas numa jaqueta, eu começo a rezar, mas não troco de calçada, imagina o trauma que posso causar no menino: vai ver é até um amigo da minha filha.

Se você tem mais de nove anos de idade, já sabe reconhecer uma ironia e entendeu meu recado: seja gentil, mas não a ponto de perder o tino. Se tiver que ferir suscetibilidades para salvar sua pele, paciência. Atravesse a rua. Desça pela escada. Dê no pé. Sucesso é chegar em casa com vida.

Martha Medeiros 

21 de agosto de 2008


Do livro "Feliz por Nada", pág. 15 a 17

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Cafézinho com a amiga Rosileni

Hoje fui tomar um café com minha amiga Rosileni. Um café de confraternização. E o último do ano, afinal o ano está acabando.

Eu combinei com ela na semana passada, assim que cheguei de viagem. Ontem ela me falou que a amiga dela (Lu) também se convidou para ir. Perguntou se tinha problema. Falei que não. Só não ia dar pra gente entrar nas particularidades.rsrs

Eu peguei um ônibus, depois do expediente. Cheguei antes das 19h. A Lu chegou logo em seguida.

Como sempre a Rosi fez um monte de guloseimas. E o café, claro.rsrs


Comemos, bebemos e conversamos bastante. Assuntos variados: Academia, trabalho, viagens, estética e por aí vai.

Quando era 20h30 eu mandei mensagem para o Zé ir me buscar. Ele chegou minutos depois. Saímos juntas.

Foi um tempinho muito gostoso. Sempre gratificante e edificante conversar... E regado a um cafezinho então...

Ganhei de presente da Rosi

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Pregações Frei Gilson

Durante a minha viagem da "Expedição Serras Gaúchas e Uruguai" eu consegui ouvir o restante das pregações do Frei Gilson.

Essas pregações aconteceram por ocasião dos "40 dias com São Miguel Arcanjo". A 1ª pregação foi no dia 15/08 e a 37ª no dia 26/09.

Eu não consegui rezar o Rosário nesses 40 dias, muito menos assistir as pregações. Rezei o rosário somente na sexta-feira, como já é de costume, e as pregações eu fiz o download para ouvir no meu tempo. Ouvi a maioria no trajeto trabalho-academia-apartamento, durante as viagens do Zé. Eu comecei ouvindo a 9ª, passou uns dias e comecei novamente a partir da 12ª. E para não perder mais nenhuma resolvi fazer o download. Quando começou a viagem eu estava na 28ª pregação, e foi assim que, dentro da Van, no percurso de uma cidade à outra, ouvi as últimas.

Uma pregação mais maravilhosa e abençoada que a outra. Muitos conselhos e puxões de orelha. Compartilhei muitas pregações. Sabe aquilo que você vê ou ouve e quer que as pessoas que você ama também vejam ou ouçam? E algumas salvei no meu canal (como as duas da imagem abaixo), para ouvir novamente. Afinal, o que é bom pede bis.rsrs

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Aniversário 15 anos do Blog


E olha só quem está fazendo 15 aninhos. O meu companheiro de (quase) todos os dias. O meu querido blog!

Ano passado falei que queria dar um nome a ele. Tinha pensado em outros dois ou três nomes, mas decidi por Tony ao ler o livro “A Travessia”.

E o que dizer desses anos todos? Que a cada dia que passa, eu gosto mais ainda, de escrever (contar) minhas aventuras para ele, e quem mais passar por aqui.

Fora que, para mim; escrever é uma terapia.

Porque ao escrever, eu distraio a mente. Recordo momentos. E dá uma aliviada nas tensões. Porque muitas vezes, ao escrever, eu vejo que não é para tanto.

Eu lembro de quando comecei com o blog. Escrevia uma ou outra coisa. Hoje, se pudesse escreveria todos os dias. Mesmo que não fizesse nada de interessante. E tem horas que penso que deveria fazer isso. Porque, muitas vezes fico tentando lembrar o que fiz nesse ou naquele dia. Se escrevesse diariamente aqui, era só vir consultar. Simples assim.

Caso para se pensar...

O importante é que os anos passaram e o Tony está aqui. Firme e forte! E que venham mais anos de histórias.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Aceite-se tão como você é - incondicionalmente

Segredo nº 14

Você não é o tamanho da sua conta bancária, o bairro onde mora, a roupa que usa ou o tipo de trabalho que faz. Você é, como todo mundo, uma mistura extremamente complexa de capacidades e limitações.


😃😃😃

Há um novo tipo de comportamento de Ano Novo que vem se tornando cada vez mais popular nos Estados Unidos. Em vez de se concentrarem em algo que acham que está errado consigo mesmas, muitas pessoas, comprometendo-se com as mudanças que desejam fazer, estão escolhendo uma nova abordagem. Elas decidiram aceitar o modo como são e reconhecer que, apesar dos defeitos, são pessoas completas, boas pessoas. Acham que, estimulando o que têm de positivo, em vez de darem maior ênfase em consertar o negativo, podem crescer e serem melhores. Mais felizes.

Kathleen, que é uma adepta dessa filosofia da aceitação, explica que costumava sentir-se como se estivesse em uma armadilha da qual não podia escapar. Ela tentava corrigir-se e modificar-se, e o fracasso dessas tentativas de mudança a fazia mais infeliz do que o próprio problema original. Ela sentia-se uma neurótica grave, devido às pressões para mudar e ao peso do fracasso.

Agora Kathleen trabalha com aconselhamento na linha do "aceite a você mesmo". Isso não significa de forma nenhuma ignorar seus próprios defeitos ou não tentar melhorar em nada. Aceitar-se significa "acreditar no próprio valor em primeiro, segundo... E último lugares, sempre".


😃😃😃

Em um estudo sobre a autoestima dos adultos, os pesquisadores descobriram que as pessoas que estão felizes consigo mesmas constatam os defeitos procurando entendê-los e aceitam as falhas e derrotas tratando-as como incidentes isolados que não diminuem sua capacidade. As pessoas infelizes se culpam pelas falhas e superdimensionam as derrotas, tomando-as como um indicador daquilo que são e usando-as para prever um resultado negativo para os futuros acontecimentos de suas vidas.

Brown e Dutton, 1995