O Zé estava querendo viajar. E eu
precisando descansar. Como tenho alguns dias “em haver” no escritório, pedi ao
meu patrão para emendar o feriado de Corpus Christi.
A princípio pensamos em ir para
Itapema-SC, com o Gabriel, Eliane e Felipe, para ficar na casa dos pais do
Gabriel. Porém, como a gente já desconfiava que o Gabriel não fosse conseguir
folga do trabalho, preparamos o plano B. Ou melhor, nos programamos para ir
para Minas, região que gosto demais.
E o roteiro foi cuidadosamente
preparado pelo Zé: Primeiro Pocinhos do Rio Verde e depois São Lourenço.
Saímos de casa, na manhã do
feriado - quinta-feira, dia 04. Como estávamos “de boa”, resolvemos dar uma
passadinha antes em Monte Sião. Há anos não vou lá. A cidade estava um
formigueiro de gente. No fim, demos uma olhada nas lojas em torno da praça.
Paramos para tomar café. Comprei uma calça e fomos embora. Estava muito sol e
aquele tumulto nos levou a querer zarpar rapidinho.
Voltamos para a estrada, e só
paramos para almoçar. Para chegar em Pocinhos do Rio Verde, a gente passa por dentro
da pequena cidade de Caldas. Ali vimos que a noite teria a procissão e depois a
Festa Junina. Oba... Já arrumamos programa para a noite!
Quanto ao hotel, o Zé não fez
reserva. Feriado é problema. A maioria dos hotéis ou pousadas querem fechar
pacote. Ou então dizem que só fazem reserva para duas diárias. Só que, na
maioria das vezes encontramos vaga e, eles acabam deixando uma diária só.
Conseguimos um quarto no Grande
Hotel. Há tempos o Zé me fala de Pocinhos e principalmente desse hotel. Bom, o
hotel é realmente lindo e... ENORME. Tem piscinas, sauna, muito verde e, um
salão de jantar (onde também é servido o café da manhã) que é um “desbunde”.
O quarto muito, mas muuuito
aconchegante. A cama tinha aqueles véus, que lembram as camas de antigamente. Eu
me senti uma rainha. O banheiro bonito e grande. E que delícia que é tomar
banho naquele chuveiro. Água em grande quantidade, com pressão, além de estar
na temperatura que eu gosto. Isso sem
falar na qualidade da água!
Ao anoitecer fomos à cidade, na
praça onde estava acontecendo à festa junina. Na verdade era uma festa de
comemoração do aniversário da cidade. Cidade pequena é um barato. Parece que
todos se conhecem, ou seja, a gente tem a impressão que todos estão nos
olhando, pensando: Quem são esses? Devem ser turistas.rss
Eu e o Zé estranhamos. Não tinha
muitas pessoas, e o espaço onde estava acontecendo à festa era pequeno. Ao todo
tinham três barracas com venda de comidas e bebidas. Uma cobertura onde tinha
um pequeno palco, onde já ensaiavam os músicos da orquestra de violeiros que
iriam tocar mais tarde. E várias mesas e
cadeiras. Ficamos ali, sentados, comendo lanche e bebendo vinho quente.
Apesar da noite fria, o céu estava estrelado. Uma das coisas
boas de quando vamos para região de campo é que podemos ver e apreciar as
estrelas. A lua.
Como fez muito frio e no quarto não tinha aquecedor, eu
fiquei com medo de passar frio. Imagina... Dormi maravilhosamente bem.
No outro dia fomos tomar o café da manhã no magnífico salão.
Eu tomava café olhando os lustres, as paredes. Olhava tudo!
Após o café fomos passear pelo hotel. Descemos no porão.
Achei escuro. Sombrio. Estranhei porque tinha mesas e cadeiras. Perguntamos
depois para o dono do hotel, que nos falou que as pessoas reservam ali para
eventos. Tem gosto pra tudo! Fomos conhecer as piscinas e os outros aposentos.
Depois resolvemos sair de carro para conhecer as cachoeiras
que ficam ali perto. Fomo só em uma. Para chegar até a outra tinha um trecho de
terra. O Zé desistiu.
Adorei conhecer Pocinhos do Rio Verde. Adorei ficar no
Grande Hotel. Ficaria ali por vários dias. Mas, era hora de ir embora. Hora de
fazer as malas para continuar a viagem, rumo ao próximo destino: São Lourenço...
Sobre Pocinhos do Rio Verde (segundo o wikipedia).
Distrito onde são
encontradas fontes de águas medicinais sulfurosas. As fontes estão situadas no
parque do Balneário Doutor Reinaldo de Oliveira Pimenta e estão indicadas para
problemas intestinais e dermatológicos. O Balneário conta com salas para banhos
de imersão, hidromassagem e sauna, distribuídas em duas alas - masculina e feminina.
No centro,
encontra-se a igreja dedicada a São Vicente de Ferrer. No alto do morro do Galo
encontra-se a Capela de Santa Terezinha, cuja história foi construída por uma
visitante que havia se curado com as águas miraculosas de Pocinhos do Rio
Verde.
Em virtude das
águas medicinais dispõe de rede hoteleira formada pelos seguintes hotéis:
Itacor Hotel, Edmar Hotel, Grande Hotel
Pocinhos, Hotel Rio Verde, Hotel Fazenda do Ypê e Camping Bosque das
Fontes.
Nos arredores do
distrito temos os seguintes pontos turísticos: piscinas naturais do Rio
Soberbo, Bacião (poço profundo situado no rio Soberbo precedido de queda
d'água), Areião (pequena ponta de areia na margem do rio Soberbo), Cascata
Antônio Monteiro e Cachoeira dos Duendes (situada no bairro da Pedra Branca).
O Grand
Hotel Pocinhos é considerado o hotel mais antigo do Brasil em funcionamento.
Foi construído em 1886 pelo imigrante italiano Nicolau Tambasco Glória. Uma
construção rústica de pau-a-pique que no início hospedava viajantes logo foi
ampliado para atender a demanda de pessoas que vinham de todas as partes
procurar nas águas minerais sulfurosas da estância hidromineral de Pocinhos do
Rio Verde o tratamento para doenças do intestino.
Em 1914 a francesa Madame
Suzane Pellissier e seu companheiro Sr. José de Paiva Oliveira adquiriram o
empreendimento da sra. Maria Alexandrina Tambasco, viúva do Sr. Nicolau, e
deram maior impulso ao hotel dedicando ao turismo de saúde.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Caldas