sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Quem Me Roubou de Mim?

Título: Quem me roubou de mim?

Autor: Pe.Fábio de Melo

Editora: Planeta

Páginas: 216


Sinopse: Em Quem me roubou de mim? padre Fábio de Melo aborda uma violência sutil, mas destruidora, que aflige muitas pessoas: o sequestro da subjetividade. Essa expressão pouco comum refere-se à privação que sofremos de nós mesmos quando estabelecemos com alguém, nas palavras do próprio autor, “um vínculo que mina nossa capacidade de ser quem somos, de pensar por nós mesmos, de exercer nossa autonomia, de tomar decisões e exercer nossa liberdade de escolha”.


Sequestro da subjetividade. O será isso?! A princípio fiquei preocupada, pensando que talvez eu não fosse entender o conteúdo. Mas vindo do padre Fábio, não devia me preocupar. Ele é muito prático e paciente nas explicações. Ele inicia o livro falando um pouco sobre um tipo de sequestro que bem conhecemos. O sequestro que tira a pessoa do meio em que ela vive. Das pessoas que ela ama. Em seguida ele discorre sobre a subjetividade. Como nós nos deixamos viver esse tipo de sequestro, sendo que na maioria dos casos, nem nos damos conta de que estamos vivendo essa situação.
Ele nos mostra alguns tipos de sequestros mais comuns. A dependência de bebidas, drogas. Quando ficamos dependentes do namorado, esposo, ou mesmo um amigo. Tudo são formas de sequestro. E ele cita histórias para melhor exemplificar. Também deixa claro que muitos desses sequestros acontecem porque damos condições. Ou porque não queremos decepcionar ou mesmo enfrentar o nosso “sequestrador”. Um exemplo é quando um pai quer que o filho faça um determinado curso na faculdade - sendo que o mesmo gostaria de fazer outro. Por obediência, medo ou mesmo por falta de amadurecimento, a pessoa acaba fazendo a vontade do pai e com isso vive infeliz pelo resto da vida, fazendo aquilo que não gosta.
Para chegar ao objetivo, nesse livro padre Fábio cita palavras como desejo, prazer, amadurecimento, ser uma pessoa simbólica ou diabólica, entre outras. E claro que a cada citação ele discorre para melhor entendermos. Achei interessante o que ele diz sobre o desejo e o prazer. A diferença entre os mesmos. Que muitas vezes desejamos uma coisa, mas por um ímpeto fazemos outra, por puro prazer. Só que ele nos diz que o desejo é algo bom, pois ele dura mais, nos motiva. Já o prazer, por outro lado, não é bom, pois, é passageiro. Ele também cita alguns filósofos, afinal eles nos deixaram teorias, na tentativa de ajudar a humanidade a se encontrar, seja se encaixando no ambiente em que vive ou então em um encontro pessoal.
Se você leu tudo isso que escrevi e ficou confusa (o), confesso... Eu também fiquei. Às vezes lia e me perguntava. O que isso tem a ver com o tema do livro? Mas tem! É que como disse no início, como esse assunto é um pouco complexo, padre Fábio com a sua inteligência, navega entre as palavras na intenção de nos fazer compreender aonde ele quer chegar. E ele ainda faz melhor, nas páginas finais, ele nos convida à reflexão dizendo: “É hora da reação. A provocação foi feita. Neste mundo de sequestrados e sequestradores, há sempre um detalhe da história que nos toca. Ou porque promovemos o sequestro de alguém, ou porque estamos vivendo os lamentos de um cativeiro em que fomos colocados, ou porque simplesmente descobrimos que há aplicações deste texto em nossa vida. Não importa onde estamos. O que importa é aonde podemos chegar. Não importa o que fizemos até agora, mas sim o que podemos fazer com tudo o que fizemos até agora. Creio que é sempre tempo de abrir cativeiros. Ou para que o outro saia ou para que nós saiamos”.

E ele encerra com algumas perguntas para refletirmos, na esperança de que, depois delas possamos agir com mais coerência, ao longo de nossa vida.

- Dos relacionamentos que você teve, quais foram as ocasiões em que verdadeiramente você foi modificado para melhor?
- Quais são as pessoas que passaram pela sua vida, que o alteraram de maneira positiva?
- Quais são as boas saudades que elas deixaram?
- Quem foram as pessoas que mais favoreceram seu crescimento afetivo, proporcionando-lhe uma relação em que pudesse entrar em contato com seus defeitos, qualidades, e, consequentemente, o ajudaram no processo de tornar-se pessoa?
- Onde é que você pode identificar, nas páginas de sua história, os acontecimentos em que sua liberdade foi promovida por alguém?

O contrário também precisa ser perguntado.
- Quais foram as pessoas que mais deixaram marcas negativas dentro de você?
- Quais são as piores lembranças registradas em sua memória afetiva?
- Quantas e quais pessoas desempenharam em sua vida o papel de sequestradoras, mantendo-o nos territórios minguados de um amor possessivo, desumanizador?
- Quantas vezes você pôde identificar em seu coração um jeito estranho de querer possuir o outro, impedindo-o de exercer sua liberdade?
- Será que você é lembrança doída na vida de alguém?
- Será que já construiu cativeiros?
- Será que já viveu em algum?
- Será que você foi capaz de pagar o resgate de alguém. Com sua palavra, com sua atitude, com o seu jeito de viver?
- Será que já idealizou demais as situações, as pessoas e por isso perdeu a oportunidade de encontrar as situações e as pessoas certas?
- Se hoje você tivesse que classificar sua postura no mundo, você se definiria como uma pessoa simbólica ou diabólica?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Whatever Happened To Old Fashioned Love - B.J.Thomas

Estava montando uma coletânea de músicas "flashback" para gravar para a minha mãe. E entre elas, têm essa que gosto muito. "Whatever Happened To Old Fashioned Love", ou "O que aconteceu com o amor antigo" é uma canção de 1983, escrita por Lewis Anderson e gravada por B.J.Thomas.
A letra é muito bonita. O próprio título já evidencia. Gosto muito da melodia também. Aliás, o que me conquistou primeiro foi a melodia. Afinal, não sabia o que a letra dizia. Fui saber hoje.rss
Sei que quando a escuto sinto um aperto no coração. Vontade de chorar e ao mesmo tempo... Dançar. 
Dessa vez, em vez de compartilhar um vídeo, preferi colocar este link que vai direcioná-los para o Kboing. Acho bem legal este site porque você ouve a música, vê o rostinho do artista (esses olhos azuis maravilhosos do BJ Thomas) e de quebra a letra. 3 em 1. Perfeito!

Tesouro perdido

Ganhei o dia!
E em clima de carnaval... Achei. Achei. Achei.♪ ♫
Ufa! Pensei que nunca mais ia encontrar os meus DVDs com as palestras do Pe.Fábio de Melo.
Lembrava que tinha emprestado para uma amiga. Mas, lembrava também que ela já tinha devolvido. O que aconteceu depois... Eu esqueci. Será que tinha emprestado para outra pessoa? 
Eu ganhei todos os 10 DVDs da Vera, amiga (ou seria um anjo?) do tempo em que morei no Parque Santa Bárbara. Ela comprou os DVDs da Canção Nova e  carinhosamente gravou para mim. 
Tenho um xodó muito grande por esses DVDs. Por me lembrar dessa grande e inesquecível amiga, de tempos difíceis. Como também pelas palestras que são muito enriquecedoras. Poder assistir novamente, e agora; na companhia do Zé, vai ser muito bom.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Um dia Você aprende


Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança ou proximidade. E começa aprender que beijos não são contratos, tampouco promessas de amor eterno. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos radiantes, com a graça de um adulto – e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, ao passo que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol pode queimar se ficarmos expostos a ele durante muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe: algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e, por isto, você precisa estar sempre disposto a perdoá-la.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva um certo tempo para construir confiança e apenas alguns segundos para destruí-la; e que você, em um instante, pode fazer coisas das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e que, de fato, os bons e verdadeiros amigos foram a nossa própria família que nos permitiu conhecer. Aprende que não temos que mudar de amigos: se compreendermos que os amigos mudam (assim como você), perceberá que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou até coisa alguma, tendo, assim mesmo, bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito cedo, ou muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que verdadeiramente amamos com palavras brandas, amorosas, pois cada instante que passa carrega a possibilidade de ser a última vez que as veremos; aprende que as circunstâncias e os ambientes possuem influência sobre nós, mas somente nós somos responsáveis por nós mesmos; começa a compreender que não se deve comparar-se com os outros, mas com o melhor que se pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto. Aprende que não importa até o ponto onde já chegamos, mas para onde estamos, de fato, indo – mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar servirá.
Aprende que: ou você controla seus atos e temperamento, ou acabará escravo de si mesmo, pois eles acabarão por controlá-lo; e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa o quão delicada ou frágil seja uma situação, sempre existem dois lados a serem considerados, ou analisados.
Aprende que heróis são pessoas que foram suficientemente corajosas para fazer o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências de seus atos. Aprende que paciência requer muita persistência e prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, poderá ser uma das poucas que o ajudará a levantar-se. (…) Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido: simplesmente o mundo não irá parar para que você possa consertá-lo. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, plante você mesmo seu jardim e decore sua alma – ao invés de esperar eternamente que alguém lhe traga flores. E você aprende que, realmente, tudo pode suportar; que realmente é forte e que pode ir muito mais longe – mesmo após ter pensado não ser capaz. E que realmente a vida tem seu valor, e, você, o seu próprio e inquestionável valor perante a vida.
William Shakespeare

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Alguém

"Alguém
Alguém me levou de mim.
Alguém que eu não sei dizer,
alguém me levou daqui.
Alguém, esse nome estranho.
Alguém que eu só vi chegar,
alguém que eu não vi partir
Alguém, que se alguém encontrar,
recomende que me devolva a mim."

 Pe.Fábio de Melo

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Terreno santo-sagrado


O que vou contar se passou há alguns dias atrás, em uma noite de quinta-feira. O Zé e eu estávamos em casa, “de boa” quando resolvi que queria assistir o programa Direção Espiritual, com Pe.Fábio de Melo. Só que quinta-feira não é dia! O programa é transmitido toda quarta-feira, pela rede Canção Nova.
O que fazer então? O jeito foi conectar o notebook na televisão e assistir pelo YouTube.
Escolhi um programa. Aliás, assistimos dois. O que eu não aconselho. Cada programa é um tema. Uma leitura da bíblia. Uma reflexão! Ou seja, assistir mais de um programa no mesmo dia é muita informação e a gente acaba por não aproveitar inteiramente.
No programa (não lembro se foi o primeiro ou o segundo) o padre leu a carta de uma ouvinte, que dizia sonhar continuamente com um versículo da bíblia, que está em Êxodo – 3,5 E Deus: “Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa”. Esse capítulo é sobre a sarça ardente, em que Deus pede para Moisés tirar as sandálias, pois, ele estava pisando em terreno santo, sagrado.
O Pe.Fábio explicou com exemplos  (gosto muito quando ele cita exemplos porque fica mais fácil a compreensão) o que, ou quais são os terrenos sagrados, que muitas vezes passam despercebidamente por nós. Ou pelo menos, não os reconhecemos ou intitulamos como santos, sagrados.
Um dos exemplos é dele mesmo. Disse ele que, um dia vendo a bíblia da mãe abarrotada de papéis no meio, convenceu-a de que ela deveria fazer uma limpeza. Conforme ele foi tirando os papéis, percebeu que ela ficava ali, do ladinho só observando. E então ele chegou em um papel de bala, ela logo falou que não queria se desfazer dele. Disse ela que ganhou a bala no dia em que foi visita-lo no seminário. Ou seja, aquele papel representava muito para ela. E diante disso, ele percebeu que estava invadindo um terreno sagrado, da mãe.
Engraçado que o padre não falou do Casamento. Da família. Acredito que porque esses terrenos todos nós conhecemos e respeitamos. Ele falou de coisas que nem percebemos.
E assim, desde aquela noite, desde aquele programa, venho pensando em quando tive meu terreno sagrado invadido. Ou mesmo, quando eu invadi o terreno sagrado de alguém.
Lembrei-me que na época da eleição tive meu terreno sagrado invadido. E até hoje pago por isso. Mas essa é outra história.
Então relacionei alguns terrenos meus que são sagrados, e que, com certeza, não gosto que o invadam: Gostar de dormir. Às vezes gosto de ficar quietinha, olhando para o horizonte, pensando em nada. Gostar de tomar um cafezinho logo que acordo, mesmo que eu tenha acordado às duas da tarde. Gostar de cantar – mesmo sem saber. Tem aqueles terrenos sagrados que todos sabem, não devemos meter o “bedelho”. A religião, política, time de futebol. Acreditem ou não... Escrever no meu blog. Esse tempinho pra mim, também é sagrado.
Também tenho pensado em quais são os do Zé. Afinal para vivermos bem tenho que respeitar o território dele. Acho que esses são alguns deles: O carro. A moto. O violão. Ele se irrita facilmente com determinados barulhos, principalmente a noite. Ele não curte animais (esse é um caso de trauma).
E tenho pensado diariamente sobre isso. Com os colegas do trabalho. Com a família. Os filhos. E com isso, com certeza vou aprender a respeitar mais cada um.
Faça isso você também. Faça uma análise de quais terrenos são sagrados para você, e não deixe que as pessoas invadam o mesmo. E também, veja se não anda invadindo os terrenos sagrados dos outros.